DESAPEGO DOS PARENTES DESENCARNADOS

 

O desapegar-se de um ente querido que morreu, não quer dizer que temos que esquecer a pessoa ou apagar-lhe completamente da memória, mas, é deixa-lo seguir o seu caminho, uma vez que o desejo egoístico pela permanência ou o retorno daquele ser para junto de si,  gera desequilíbrio, não permitindo aos que partiram encontrarem a paz necessária para seguirem suas vidas e serem felizes. Pois, os desencarnados estando tão ou ainda mais vivos que os encarnados, se inquietam com as aflições daqueles que ficaram. 

Desapegar-se Significa também, que toda saudade desequilibrada traz aos encarnados perigosos desalinhos da mente e das emoções, abrindo muitas vezes, as portas aos processos obsessivos de entidades que se aproveitarão da fragilidade psíquica daquele que ainda não desenvolveu em si mesmo, a plena confiança em Deus e a certeza da continuidade da vida após a passagem chamada “morte”.

Assim sendo, se realmente nutrimos uma afeição sincera pelo ente que partiu precisamos reavaliar nossas atitudes e redirecionar nossos pensamentos, de maneira a ajudar o desencarnado e não tortura-lo com nossas lamentações, choradeiras em excesso e mortificações desnecessárias.  

Por meio de atitudes comedidas, faremos a nossa parte, auxiliando a espiritualidade e levando tranquilidade também para os familiares e amigos. 

As orações que pronunciamos e direcionamos em favor daqueles que nos precederam, no retorno ao mundo dos espíritos, somente surtem o efeito desejado quando realizadas sem afetação, com equilíbrio emocional e sem o sentimento de posse, exteriorizando energias que envolverão o desencarnado numa psicosfera de ternura, que refletirá o amor que leva à paz e tranquiliza o ser.

Jefferson Moura de Lemos