“Logo se reconhecerá que o Espiritismo ressalta a cada passo do próprio texto das Escrituras Sagradas. Os Espíritos não vêm, pois, destruir a religião, como alguns o pretendem, mas, ao contrário, vêm confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis.” (O Livro dos Espíritos, questão 1010)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PARÁBOLA DO MORDOMO INFIEL E A IMORTALIDADE DA ALMA


        

           “E eu vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.”

Jesus (Lucas 16:9)

       

          O personagem principal da parábola, o mordomo infiel (Lucas cap. 16 vers.1-13), é uma pessoa sem escrúpulos, um homem desonesto. Após ser descoberto em seus enganos, resolve estrategicamente beneficiar os devedores de seu senhor a fim de adquirir amigos e não ficar desamparado quando for despedido. Assim, reduziu as dividas de cada devedor.
         Logicamente Jesus não coloca o mordomo infiel como alguém que deva ser imitado, todavia, o divino mestre retira da parábola uma lição acerca da previdência, mostrando que se um homem desleal pode ser tão prudente e astuto a ponto de rapidamente conseguir reverter uma situação que lhe deixaria no desamparo, pensando em seu futuro material. Quanto mais uma pessoa honesta não deve ser previdente naquilo que é conseguido de maneira justa utilizando-a para preparar o seu futuro no mundo espiritual.
         Por isso, Jesus disse: “E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.” (Lucas 16:8)
         Quantas pessoas são honestas e dignas em suas profissões e para suas famílias, mas que não fazem nenhum esforço para auxiliar, fazer a caridade fora do seu circulo familiar e de amigos. Quantos são capazes de gastar fortunas (ganhas logicamente de maneira honesta) em futilidades e não retiram um real para alimentar um necessitado. Que vivem frequentando fanaticamente os jogos de seus times preferidos e não se lembram de ir pelo menos um dia a uma instituição religiosa ouvir os ensinos de Deus.
         Portanto, um homem iníquo que após adquirir riquezas de maneira desonesta venham a arrepender-se e sinceramente tomar a decisão de utilizar essa mesma riqueza em beneficio do próximo como uma compensação pelo mal praticado, irá resgatar os seus erros e através da prática do bem preparar para si um bom lugar no mundo espiritual (tabernáculos eternos), onde será recebido por aqueles que foram beneficiados, transformados em amigos agradecidos.
         Como vemos além da lição sobre a previdência esta passagem tambem é uma das mais claras acerca da imortalidade da alma e da consciência do espírito após a morte.
         Demonstra que ao desencarnarmos seremos recebidos no mundo dos espíritos por aqueles que se afinizam conosco, parentes amigos, pessoas beneficiadas, estaremos envolvidos em um ambiente de simpatia e amizade, entre pessoas que nos amam.
         O contrario tambem acontece, se o nosso proceder foi errado, e em vez de granjear amigos, adquirimos inimigos e desafetos, seremos recebidos pelos mesmos que nos ajudaram na pratica do mal ou que foram nossas vitimas, sedentas de reparação e ávidas por retaliação.
         Enfim, receberemos sempre de acordo com o nosso merecimento.




Jefferson Moura de Lemos

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