Essas práticas rituais são comumente empregadas nas religiões espiritualistas de matriz africana ou indígena como a umbanda, o candomblé, o Vale do amanhecer, a Jurema… Que embora respeitáveis, nada têm a ver com o Espiritismo.
A Doutrina Espírita também não emprega imagens, colares, cristais, charutos, amuletos, banhos, sal, mantras, benzimentos, pontos riscados, roupas exóticas e nem impõe vestimentas de determinadas cores. Não cobra pelas orientações e tratamentos espirituais. É uma doutrina desprovida de rituais e objetos sagrados.
Nossas forças mentais, nossas orações não necessitam de objetos materiais para atuar em beneficio de outrem, nem para atrair a presença dos bons espíritos. Objetos materiais como velas e imagens são apenas muletas utilizadas por quem ainda não se libertou dos condicionamentos adquiridos em múltiplas existências, dentro das religiões tradicionais. Espiritismo é libertação!
Vejamos o que diz o livro dos Espíritos na questão 554, quando Kardec pergunta aos Espíritos superiores sobre os talismãs:
Pergunta – “Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama virtude de um talismã, não pode por essa confiança mesma atrair um espírito, porque, então, é o pensamento que age? O talismã não é senão um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?”
Resposta – “É verdade, mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos. Ora, é raro que aquele que é tão simples para crer na virtude de um talismã não tenha objetivo mais material que moral. Em todos os casos isso anuncia uma baixeza e uma fraqueza de ideias, que o expõe aos Espíritos imperfeitos e zombeteiros.”
O mesmo se aplica ao uso de velas, salvo quando falta energia elétrica, nesse caso elas são imprescindíveis.
Jefferson Moura de Lemos
Nenhum comentário:
Postar um comentário