“Deus disse: “Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves sôbre a terra, debaixo do firmamento dos céus.” – Deus criou os monstros marinhos e toda a multidão de seres vivos que enchem as águas, segundo a sua espécie. – E Deus viu que isto era bom. – E Deus os abençoou: “frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. – Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o quinto dia.”
Gênesis 1: 20 – 23
Como já vimos, nos comentários anteriores, as águas eram para os antigos hebreus, o elemento gerador, o principio originador ou a matéria primordial da criação. No texto, vemos surgirem das águas os seres aquáticos o que a primeira vista está em concordância com a ciência que coloca o surgimento da vida nos primeiros seres unicelulares que habitavam os mares. O problema é a instantaneidade, isto é, o surgimento dos seres marinhos de maneira imediata e já com suas espécies definidas.
A ciência contrariando o texto descobriu que essas criaturas marinhas se diversificaram por adaptação e mutações genéticas diferenciando-se de seus ancestrais mais simples e formando novas espécies. Os fósseis de peixes pré-históricos são uma comprovação disso. Ainda hoje é possível presenciar o surgimento de novas espécies a partir de uma espécie ancestral.
O tempo, determinado através de diferentes técnicas de datações, somado com o estudo do meio ambiente em que foram encontrados os fósseis e algumas vezes incluindo vestígios alimentares encontrados em alguns espécimes pré-históricos relativamente conservados; demonstrou um período evolutivo de milhões de anos.
As aves, segundo o texto, tambem surgiram da terra instantaneamente, porém já se sabe que as aves surgiram a partir de ancestrais répteis pré-históricos o que aparentemente o texto original não nega, pois as palavras (שֶׁרֶץ) “shéretz” e (יְעוֹפֵף וְעוֹף) “v‘of i’ofef” significam respectivamente, animais que rastejam, de pequeno porte, peixes e seres alados.
Todavia, esses seres com asas podem incluir uma quantidade enorme de seres alados, acredita-se que hoje mais de ¾ dos animais terrestres podem voar. Na pré-história isso incluiria tambem os pterossauros que os registros fósseis colocam a sua existência a 230 milhões de anos, e pesavam 200 quilos, foram os primeiros vertebrados que desenvolveram a capacidade de bater as asas; Em sua época já haviam insetos voadores. O que desmantela totalmente as criações imediatas.
Entretanto para os homens da antiguidade, que não poderiam conceber um processo evolutivo de milhões de anos, tão pouco os procedimentos naturais de seleção e transformações genéticas; não havia outra explicação senão crer numa criação instantânea.
A verdade é que Deus criou e desenvolveu os seres por meio da evolução através de milhões de anos!
Jefferson Moura de Lemos
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