“Logo se reconhecerá que o Espiritismo ressalta a cada passo do próprio texto das Escrituras Sagradas. Os Espíritos não vêm, pois, destruir a religião, como alguns o pretendem, mas, ao contrário, vêm confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis.” (O Livro dos Espíritos, questão 1010)

sábado, 10 de dezembro de 2011

ISRAEL, JUDÁ E A LEI DO RETORNO


          “O Senhor tinha advertido a Israel e Judá pela boca de seus profetas e videntes: renunciai às vossas más ações; guardai meus mandamentos e minhas leis; observai toda a lei que prescrevi a vossos pais e que vos transmiti pelos meus servos, os profetas. – Mas eles não o quiseram ouvir, e endureceram o seu coração, como o tinham feito seus pais, que se tornaram infiéis ao Senhor, seu Deus.”

 (II Reis 17:13-14)¹
  
         Desde a mais alta antiguidade inúmeros médiuns que eram chamados profetas e videntes, foram os instrumentos dos Espíritos do Senhor. Trouxeram preciosos ensinamentos, exortando a seguir-se o caminho do bem.
         Muito embora o Antigo Testamento contenha diversas leis transitórias, que serviram unicamente para aquela época e visavam objetivos específicos do momento, encontramos ao longo de toda a Bíblia preceitos morais que são de todos os tempos e para todos os povos.
         São ensinamentos éticos, princípios de sabedoria que se observados nos apontam para uma vida reta e feliz. Infelizmente, na maioria das vezes, ouvimos a voz do senhor e não obedecemos, deixamos de lado os conselhos contidos nesses mandamentos, não escutamos a palavra amiga e experiente dos profetas do Senhor que estão ao nosso lado hoje: um amigo bem intencionado, um parente preocupado com o nosso bem estar, um conhecido que percebe os nossos desacertos e vêm-nos mostras um caminho… São tambem instrumentos dos Espíritos do Senhor.
         No entanto, permanecemos indiferentes aos apelos da espiritualidade amiga, apegados ainda a toda sorte de coisas que o mundo nos oferece. Não deixando que Deus guie o nosso coração, que a caridade conduza os nossos passos e que o bom senso dirija nossa consciência.
         Porém, sendo guiados pela rebeldia, preferimos as amizades que sabemos que nos conduzem ao mal, isso, quando nós mesmos não conduzimos os outros.
         E como acontecia com Israel e Judá, que eram punidos sempre que se desviavam dos mandamentos da Lei (e que simbolizam todos aqueles que conhecem a verdade e não se esforçam para vivenciá-la) somos igualmente punidos pela Lei do retorno.   
         Isso não significa uma vingança divina, não! Deus é amor e sua misericórdia é infinita. Todavia, permite que colhamos os frutos que plantamos. Sempre que tomamos decisões que não condizem com esses preceitos éticos sofremos a Lei do Retorno, Lei em harmonia com a justiça divina: “a cada um segundo as suas obras”. [2]
         Sofremos os reflexos desse retorno nesta existência ou tambem em existências futuras até que estejamos quites com a justiça divina. 
         Atentemos, portanto, para as mensagens dos espíritos do senhor e acima de tudo aos ensinamentos de Jesus contidos no Evangelho. E lembremos, que a nossa felicidade SEMPRE está vinculada ao nosso modo de viver: pensar, agir, falar. Assim: pensar corretamente, agir com sabedoria e falar com discrição. Já é um bom começo.



Jefferson Moura de Lemos



Referências:

[1] Bíblia Sagrada. Tradução dos originais mediante versão dos Monges de Maredsous (Bélgica) pelo Centro Bíblico Católico. 42ª Edição, editora “Ave Maria”
[2] (Provérbios 28:10; Apocalipse 22:11-12)

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